O Arcadismo possuía em suas obras, o uso de poemas e de pinturas de caráter
conservador, expondo o modo de vida simples no campo. Esses ideais de vida
simples e natural vêm ao encontro dos anseios de um novo público consumidor em
formação, a burguesia, que historicamente lutava pelo poder e denunciava a vida
luxuosa da nobreza nas cortes. O Arcadismo se opunha a vida levada nas cortes
aristocráticas e ao Barroco.
Daí a idealização da vida natural, em oposição à vida urbana; a humildade,
em oposição aos gastos exorbitantes da nobreza; o racionalismo, em
oposição à fé; a linguagem simples e direta, em oposição à linguagem rebuscada
do Barroco. Esses valores artísticos e culturais assumiram, no contexto da
sociedade européia do século XVIII, um significado de clara contestação
política, já que flagravam os privilégios da nobreza e do clero e propunham uma
sociedade mais justa, racional e livre.
O Arcadismo pode ser considerado como uma arte revolucionária, porem em visto
ao lado estético é uma arte conservadora.